Segundo informações divulgadas pela PF, o criminoso estava portando um passaporte falso no momento de sua prisão. Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Belo Horizonte, determinou a prisão imediata dos mandantes da chacina – os fazendeiros Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí, e Norberto Mânica – e de mais dois condenados por terem intermediado a chacina, entre eles Hugo Pimenta. Antério Mânica se entregou à Polícia Federal em Brasília após 19 anos do crime, enquanto Norberto Mânica é considerado foragido.
O episódio da Chacina de Unaí ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando os auditores fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, juntamente com o motorista Ailton Pereira de Oliveira, foram assassinados à queima-roupa em uma emboscada na zona rural de Unaí, cidade no noroeste de Minas Gerais. Eles estavam investigando denúncias de trabalho análogo à escravidão, o que resultou em tragédia. As investigações apontaram os fazendeiros Antério e Norberto Mânica como mandantes do crime, sendo condenados a 100 anos de prisão, mas recorreram em liberdade por serem réus primários.
José Alberto de Castro e Hugo Pimenta foram condenados por terem contratado os atiradores responsáveis pelas mortes. Até o momento, os três pistoleiros envolvidos nos assassinatos, Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda, eram os únicos que estavam cumprindo pena, sendo presos desde 2004 e condenados em 2013.
Este ano, os crimes completaram 20 anos, e a chacina foi o marco para a criação do Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo. A TV Brasil divulgou reportagens sobre o caso, fornecendo informações valiosas sobre toda a situação.