Durante a operação, agentes federais executaram quatro mandados de busca e apreensão, recolhendo evidências em endereços associados aos suspeitos. Entre os alvos, destaca-se um indivíduo em Nova Iguaçu que se dedicava à comercialização de fotos e vídeos com conteúdo de abuso sexual de menores. Este suspeito trabalhava em colaboração com um outro homem que já havia sido detido em Vitória da Conquista, na Bahia, no contexto da Operação Proteção Integral II, realizada em 14 de maio deste ano.
Os demais investigados na operação são consumidores do material abusivo gerado por esses indivíduos. Em Londrina, um dos suspeitos foi preso em flagrante por manter em seu poder arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil. Durante o cumprimento do mandado na cidade, ele foi levado à Delegacia da PF, onde enfrentará acusações pelo armazenamento desse material condenável.
O delegado federal Giuliano Cucco, que conduz as investigações, enfatizou a gravidade da situação. Segundo ele, a mera posse e compartilhamento desses arquivos já configura crime, e as evidências apontam que esses indivíduos possuem um potencial maior para progredir em suas atividades criminosas, o que representa uma ameaça ainda maior para crianças e adolescentes. Cucco chamou a atenção para a necessidade de uma mobilização conjunta entre a sociedade civil e as forças de segurança para erradicar essas práticas nocivas.
As investigações foram iniciadas a partir de relatórios do National Center for Missing & Exploited Children, uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, dedicada à proteção infantil. A Operação Multiplus está alinhada com o compromisso do Brasil em proteger os direitos da criança conforme a Convenção sobre os Direitos da Criança, assinada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 1989. O Brasil reafirma sua intenção de trabalhar em conjunto com outros países para erradicar a exploração e o abuso sexual de menores, refletindo um compromisso global com a proteção e o respeito à infância.