A conclusão sobre a violação das medidas cautelares está contida no relatório final referente às apurações envolvendo o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está sendo investigado por incentivo a sanções norte-americanas contra o Brasil e membros do Supremo Tribunal Federal. Embora Braga Netto não esteja diretamente ligado a esse caso, sua interação com Bolsonaro se tornou um ponto central à luz das novas evidências encontradas.
O general da reserva encontra-se detido desde dezembro do ano passado, sob a acusação de tentar obstruir a investigação ligada a uma suposta tentativa de golpe. As informações surgiram a partir da apreensão do celular de Bolsonaro, onde foi identificada uma mensagem de SMS enviada por Braga Netto no dia 9 de fevereiro de 2024, logo após a imposição da proibição de comunicação determinada no dia anterior.
Detectou-se que o general utilizou um novo celular para enviar a mensagem, um dispositivo vinculado a uma chave Pix associada a seu nome e CPF. A PF, em seu relatório, considerou que as evidências coletadas sustentam que tanto Braga Netto quanto Bolsonaro violaram as restrições impostas na investigação sobre tentativas de subversão do Estado Democrático de Direito.
Até o momento, a defesa de Braga Netto foi contactada e a expectativa é de que um retorno oficial seja fornecido para que possam se manifestar sobre as acusações que pesam contra o general. A sociedade aguarda desdobramentos neste caso que envolve figuras proeminentes da política brasileira e repercussões no cenário nacional.