A operação, denominada Prodotes, tem como objetivo cumprir um total de 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de envolvimento com uma organização criminosa. As ações estão sendo realizadas em endereços localizados na capital e região metropolitana de São Paulo.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a investigação teve início em março do ano passado após a corregedoria receber denúncias de vazamentos de informações sigilosas que beneficiavam criminosos ligados a uma facção. O inquérito policial militar foi instaurado sete meses depois e, após as investigações, os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça.
Segundo a SSP, os policiais militares investigados, incluindo membros da ativa, reserva e ex-integrantes da instituição, estavam favorecendo membros de uma organização criminosa, evitando prisões e prejuízos financeiros. Além disso, os policiais também prestavam serviços de escolta para criminosos, como foi o caso de Gritzbach.
Vinícius Lopes Gritzbach havia firmado um acordo de delação com o Ministério Público (MP) de São Paulo em março de 2024. No mês de outubro, ele denunciou policiais civis por extorsão em trechos do documento encaminhados à Corregedoria. O delator foi ouvido no órgão em 31 de outubro e oito dias depois foi brutalmente assassinado.
Além disso, Gritzbach também revelou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso PCC, o que pode ter sido um dos motivos do seu assassinato no aeroporto. A força-tarefa instituída pela SSP continua com as investigações para identificar outros envolvidos e possíveis mandantes do crime.