O plano para prender Moraes foi cancelado após o adiamento de uma sessão do STF que iria julgar a questão do orçamento secreto do Congresso. As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo denominado Copa 2022 revelam que os acusados estavam divididos em locais específicos para executar a ação contra o ministro.
Após o adiamento da sessão do Supremo, a operação clandestina foi abortada e um dos investigados chegou a enviar a mensagem “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda”. Todo o planejamento do golpe foi realizado de forma sigilosa, com os membros da operação utilizando codinomes como Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Gana durante a comunicação pelo aplicativo Signal.
Além do plano para prender Moraes, a PF também identificou que os investigados tinham a intenção de assassinar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin. No dia 15 de dezembro de 2022, data em que a operação clandestina da Copa 2022 foi executada, Lula estava em São Paulo participando de um evento público, enquanto Alckmin se encontrava em Brasília em reunião com outros governadores.
Diante das evidências encontradas nas mensagens apreendidas durante a investigação, a Polícia Federal concluiu que é plausível a hipótese de que a residência de Alexandre de Moraes tenha sido efetivamente monitorada por um dos envolvidos. A Operação Contragolpe segue em andamento para apurar todas as conexões e detalhes desse grave episódio envolvendo militares suspeitos de atentarem contra a democracia do país.