Além do indiciamento, a PGR também analisará a necessidade de manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro e os argumentos apresentados por seus advogados, que tentam contestar a alegação de descumprimento das medidas cautelares. Entre essas restrições, destaca-se a proibição do ex-presidente de acessar suas redes sociais e interagir em perfis de terceiros. As investigações ainda revelaram um pedido de asilo político à Argentina, encontrado no celular de Bolsonaro durante uma busca realizada pela Polícia Federal, o que acrescenta complexidade ao caso.
Inicialmente, o prazo para que a PGR se manifestasse terminava na manhã de quarta-feira, 27 de setembro. Contudo, em uma decisão que reflete a gravidade da situação, o ministro Alexandre de Moraes decidiu estender esse período em mais cinco dias, permitindo que a procuradoria elabore um parecer mais abrangente sobre as questões em pauta.
A ampliação do prazo não é um ato isolado; ela está conectada à ordem do ministro para que a Polícia Penal do Distrito Federal crie um sistema de vigilância rigoroso na residência do ex-presidente. Esta medida foi implementada após o recebimento de uma solicitação formal do deputado Lindbergh Farias, do PT-RJ, que ressaltou a importância do monitoramento para garantir a “aplicação da lei penal” e prevenir possíveis tentativas de fuga por parte de Bolsonaro.
A situação é tensa e revela um enredo repleto de incertezas legais e políticas, que impacta não apenas o ex-presidente, mas também a dinâmica política do país. A próxima semana promete ser crucial, com possíveis desdobramentos que poderão reverberar no cenário político brasileiro.