Em uma entrevista veiculada em um canal no YouTube, a deputada mencionou que pretende solicitar uma licença de seu mandato e que planeja permanecer na Europa, embora não tenha revelado o destino exato. A situação de Zambelli é ainda mais complicada por conta de sua condenação a dez anos de prisão pelo STF, relacionada à invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Além da pena de reclusão, a parlamentar foi responsabilizada por danos coletivos na ordem de R$ 2 milhões. O caso ainda se encontra em fase de recurso, mas investigações apontam que Zambelli foi a mente por trás da invasão, que resultou na emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. O hacker contratado para a operação, Walter Delgatti, também foi condenado e admitiu que agiu a pedido da deputada.
Além deste episódio, Zambelli enfrenta outro processo no STF. Em agosto de 2023, ela se tornou ré por um incidente em que sacou uma arma em um ato político, perseguindo o jornalista Luan Araújo. O caso ocorreu no período das eleições de 2022 e resultou em um placar de 6 a 0 para a condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto. Contudo, o julgamento foi interrompido após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
Por outro lado, o deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados, protocolou uma representação na PGR pedindo a prisão preventiva de Zambelli. Ele também solicitou que o órgão considerasse a inclusão do nome da parlamentar no alerta global da Interpol, além de pedidos para bloqueio de valores e revogação de seu passaporte diplomático.
Após o anúncio de sua saída do Brasil, o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, comunicou sua desistência da defesa, levantando suspeitas sobre a continuidade do caso. A situação política e judicial da deputada continua a se desdobrar, prometendo novos desenvolvimentos nos próximos dias.