Braga Netto, um dos réus centrais do esquema golpista, irá a julgamento a partir desta terça-feira. Sua situação se torna ainda mais crítica após o ministro Alexandre de Moraes ter decidido, no mês passado, manter sua prisão, citando evidências substanciais sobre sua participação nos eventos que ameaçaram a democracia no Brasil.
A defesa do general não se conformou com a decisão de Moraes e recorreu, levando o ministro a requisitar um parecer do procurador-geral antes de tomar uma nova decisão sobre a soltura do acusado. Em sua manifestação, Gonet reiterou a necessidade de manter a prisão do general, insistindo que não surgiram novos elementos que pudessem justificar a revogação da decisão anterior.
Além do mais, as investigações conduzidas pela Polícia Federal revelaram que Braga Netto, durante o período de apurações, teria tentado acessar informações sigilosas relacionadas à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro. Este desenrolar de eventos tem exacerbado o ambiente de tensão política no país, à medida que o processo judicial avança e os cidadãos se mostram cada vez mais atentos às atuações das figuras militares em contextos políticos.
Após a prisão do general, a defesa alegou veementemente que ele não obstruiu as investigações. O desdobramento deste caso, especialmente com o começo do julgamento da trama golpista, promete ter implicações profundas tanto para os réus quanto para o futuro político do Brasil. As repercussões dessa situação são esperadas para serem amplamente discutidas nas próximas semanas, à medida que novos episódios se desenrolam nesta saga judicial.