O vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand Filho, assinou a manifestação que afirma categoricamente que a prisão preventiva de Barbosa ainda se faz necessária. O ex-delegado está detido há um ano em uma penitenciária federal, sendo apontado como um dos mentores e mandantes do crime que chocou o Brasil.
A defesa de Barbosa alega que o tempo de prisão preventiva já ultrapassa o razoável, sem previsão de um julgamento final. Além disso, aponta que seu cliente não representa risco para a instrução do processo envolvendo o assassinato de Marielle. Também argumenta que ele foi preso sob acusação de obstruir investigações, mas não foi formalmente denunciado por este motivo.
Contudo, a PGR discorda desses argumentos e defende que as razões que motivaram a prisão de Barbosa estão mantidas. Ronnie Lessa, executor confesso do crime e delator, afirma que o ex-delegado teve papel crucial no assassinato da vereadora. Outro ponto levantado pela PGR é a troca do delegado responsável pela investigação do caso por alguém de confiança de Barbosa.
A decisão final agora cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em junho do ano passado, a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade tornar réus não apenas Barbosa, mas também o deputado Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Todos foram denunciados como mentores do assassinato de Marielle, motivado pela atuação da vereadora contra os interesses dos irmãos Brazão na exploração de áreas controladas pela milícia na zona oeste do Rio de Janeiro.