O documento recomenda que a Polícia Federal (PF) intensifique a vigilância ao redor da casa de Bolsonaro, propondo que equipes de segurança sejam designadas para monitorar a região de forma contínua. A PGR ressaltou a necessidade de que essa vigilância ocorra sem invadir a privacidade do ex-presidente ou perturbar seus vizinhos. A procuradoria destacou que essa ação deve ser implementada com cautela e respeito às normas de direito.
Ainda no cenário judicial, o ex-presidente e mais sete de seus aliados estão agendados para um julgamento no próximo dia 2 de setembro. Eles são réus em um processo relacionado a supostas tentativas de golpe, que geraram intenso debate e preocupações em setores da sociedade e das instituições. Desde o início do mês, Bolsonaro está sob prisão domiciliar, obrigatoriamente usando uma tornozeleira eletrônica. Essa medida foi imposta pelo ministro Moraes após constatar que o ex-presidente havia descumprido restrições que lhe proibiam de fazer postagens nas redes sociais, o que levantou temores sobre potenciais novos conflitos políticos.
Em investigações paralelas, a Polícia Federal descobriu que Bolsonaro possuía um documento que contemplava um pedido de asilo político ao presidente argentino, Javier Milei. O material, que estava arquivado em seu celular desde 2024, foi classificado pela defesa do ex-presidente como um mero “rascunho”, garantindo que não houve uma tentativa real de fuga do país. Essa revelação levanta ainda mais questões sobre o escopo de sua situação legal e os desdobramentos de seu governo.
Assim, o cenário continua tenso, com a segurança de Bolsonaro sendo aumentada em meio a um contexto de litígios e reações de diversos setores da política nacional.