No ofício encaminhado a Moraes, a PF argumentou que a defesa apresentou novos documentos apenas no dia anterior à realização da perícia, ocorrida na última sexta-feira. Essa situação, segundo a corporação, justifica a necessidade de um prazo maior para a finalização do laudo médico. O perito responsável pela análise destacou que seria necessário mais tempo para uma avaliação minuciosa dos novos elementos e questões levantadas pela defesa.
Augusto Heleno, que foi condenado a 21 anos de prisão em um contexto relacionado à trama golpista, encontra-se detido desde o dia 25 de novembro, cumprindo pena em uma instalação do Comando Militar do Planalto, em Brasília. A elaboração da perícia médica se torna crucial, pois o ministro Moraes deve deliberar sobre o pedido de prisão domiciliar. Atualmente, não há um prazo definido para que essa decisão seja tomada.
A questão da saúde do general gerou controvérsia, especialmente em relação a um diagnóstico de Alzheimer que a defesa inicialmente contestou, alegando que o quadro clínico foi confirmado apenas em 2025. Essa divergência surge do relato do general, que teria afirmado ter começado a apresentar sintomas do problema cognitivo em 2018, período em que ainda ocupava um cargo no governo de Bolsonaro. O tema continua a ser um ponto central nas discussões em torno do caso, que envolve considerações sobre a saúde do acusado e os direitos legais que ele pode reivindicar. A resposta de Moraes à solicitação da PF poderá influenciar diretamente o futuro do general Heleno no sistema prisional.
