A investigação teve início a partir de um pedido feito com base na Lei de Acesso à Informação no final de 2022. De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, Bolsonaro teria sido vacinado em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo. No entanto, a CGU constatou que o ex-presidente não estava na capital paulista na data indicada e que o lote de vacinas registrado no sistema não estava disponível na UBS no momento da suposta imunização.
Além do ex-presidente, o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi indiciado pela PF como suposto articulador na emissão dos cartões de vacinação falsos. De acordo com as investigações, Cid teria facilitado a falsificação dos documentos para o ex-presidente e seus familiares. Em depoimento à PF na semana passada, o coronel respondeu a perguntas sobre o caso, após ter ficado em silêncio em algumas ocasiões anteriores.
A divulgação do indiciamento gerou reações, com o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, criticando o vazamento de informações. Em postagem nas redes sociais, Wajngarten lamentou o uso da imprensa para comunicar um ato formal que, em sua opinião, deveria ser mais técnico e menos midiático.
Este desdobramento na investigação mostra a complexidade do caso e a necessidade de apuração detalhada para esclarecer todas as circunstâncias envolvidas. A Polícia Federal continua seu trabalho para trazer luz aos fatos e garantir a transparência em relação à vacinação contra a Covid-19 no Brasil.
