Braga Netto, que integrou o governo de Jair Bolsonaro, negou veementemente as acusações que o envolvem. Ele foi acusado de entregar dinheiro, supostamente destinado a financiar atividades golpistas, a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Durante seu depoimento, o general argumentou que não tinha conhecimento sobre quaisquer planos para obstruir a posse de Lula e refutou a ligação a uma suposta trama golpista.
A defesa de Braga Netto argumenta que, com a conclusão dos interrogatórios do núcleo 1 desta investigação, a manutenção da prisão do ex-ministro não se justifica. Os advogados sustentam que a atual fase do processo penal demonstra a desnecessidade da medida cautelar e solicitaram a revogação de sua prisão preventiva em decorrência da evolução fático-processual do caso.
Braga Netto encontra-se sob custódia em instalações da Vila Militar, no Rio de Janeiro. Seu depoimento foi o último dos interrogatórios realizados na primeira fase da ação penal, que envolve outros réus e o ex-presidente Bolsonaro. O relator do caso, Alexandre de Moraes, conduz o processo, onde a expectativa gira em torno do julgamento que decidirá o destino dos acusados, incluindo o ex-presidente, marcado para o segundo semestre de 2023.
A situação do general e a operação de Justiça em torno do caso revelam as tensões políticas persistentes no Brasil, refletindo um clima de incerteza a respeito da estabilidade institucional do país. Enquanto isso, a defesa de Braga Netto aguarda ansiosamente a decisão do STF, que pode alterar o curso de sua vida e carreira militar.