Entre os réus desta ação penal estão dois policiais da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, acusados de homicídio qualificado. De acordo com os promotores responsáveis pelo caso, esses policiais teriam simulado um confronto e manipulado a cena do crime para encobrir possíveis irregularidades cometidas durante a operação.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado ressaltou que a investigação do caso foi conduzida por meio de Inquérito Policial Militar e que os policiais envolvidos permanecem afastados do serviço operacional até o desfecho do processo. Além disso, a SSP informou que todas as mortes decorrentes de intervenção policial são investigadas de forma rigorosa pelas autoridades competentes, como as Corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário.
A Operação Verão é uma ação realizada anualmente pelo governo estadual nas cidades litorâneas de São Paulo, visando reforçar a segurança durante o período de maior movimentação turística. No entanto, a edição mais recente foi alvo de críticas por parte de instituições e autoridades de direitos humanos devido ao elevado número de óbitos registrados, ultrapassando a marca de 50 vítimas fatais.
A Baixada Santista tem sido palco de operações intensas por parte das forças de segurança, especialmente após a morte de policiais militares na região. O aumento significativo no número de mortes causadas por agentes em serviço na região preocupa, com dados do Ministério Público de São Paulo apontando 57 mortes nos dois primeiros meses deste ano, um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior. A situação demonstra a urgência de se repensar a atuação policial e promover medidas para evitar novas tragédias.