A ação contou com a participação de 46 agentes da PF e quatro servidores da CGU, que realizaram os mandados em Goiânia e em Brasília, com autorização da 11ª Vara Federal. Um dos principais objetivos da operação, batizada de Panaceia, foi o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados, cujos nomes ainda não foram divulgados.
Segundo a PF, os investigados teriam fraudado contratos firmados pelo governo estadual com uma organização social, o Instituto Gerir, para desviar verbas que seriam destinadas à saúde pública. Eles subcontratavam empresas ligadas a políticos e administradores da própria organização para executar os serviços, desviando assim parte dos recursos pagos.
A CGU também está envolvida na investigação e informou que vem apurando fraudes e irregularidades na gestão de dois hospitais públicos estaduais desde 2019. A organização social investigada recebeu mais de R$ 900 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS) e teria adotado a terceirização generalizada das atividades, dificultando a fiscalização dos contratos.
O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, que atualmente é presidente nacional do PSDB, foi um dos alvos da operação. Perillo repudiou as acusações, afirmando ser vítima de perseguição política e classificando o caso como uma “armação”. O governo estadual, por sua vez, ressaltou que os fatos investigados não têm ligação com a atual gestão e destacou a implementação de controles internos para garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos.