Além de Thales Maia, também foi preso o advogado Thiago Sulino de Castro, suspeito de intermediar as negociações de decisões judiciais. No total, estão sendo cumpridos 60 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Dos alvos, 46 são advogados e escritórios de advocacia suspeitos de participação no esquema.
As investigações, autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), estão em andamento em sigilo, visto que os desembargadores envolvidos possuem foro privilegiado. A lista completa de investigados não foi divulgada, mas inclui magistrados do TJTO, procuradores e promotores.
Um dos alvos da operação é o desembargador João Rigo Guimarães, cuja residência em Araguaína, Tocantins, foi vasculhada pela PF. Imagens dos agentes realizando buscas na casa do magistrado foram registradas pela TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo no estado.
A PF informou que, além dos crimes de corrupção ativa e exploração de prestígio, também são apurados a existência de uma organização criminosa e atos de lavagem de dinheiro. O nome da operação, Máximus, faz alusão ao personagem do filme Gladiador que combateu a corrupção no Império Romano.
A Agência Brasil procurou o TJTO e os desembargadores citados para obter posicionamento, porém as defesas dos envolvidos preferiram não se manifestar até terem acesso aos detalhes da investigação. Esta operação ocorre poucos dias após a PF deflagrar outra ação contra o governador do estado, Wanderlei Barbosa, em um caso de desvios na contratação de empresas para distribuição de cestas básicas.
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