De acordo com as investigações, a denúncia do MPRJ revela que esses assassinatos estão intimamente ligados a disputas pelo controle político e econômico na região, envolvendo também atividades ilícitas e conflitos relacionados à posse de terras. Entre os indivíduos detidos, destacam-se três policiais militares, sendo um deles, Leandro Machado da Silva, já denunciado anteriormente por sua participação no homicídio do advogado Rodrigo Crespo, ocorrido em fevereiro de 2024, no centro do Rio.
Os mandados, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, foram cumpridos em diversas localidades da Baixada Fluminense, incluindo os municípios de Belford Roxo, Nova Iguaçu e Magé. A investigação revela que o crime ocorreu em 10 de março de 2021, quando o vereador e seu filho foram atraídos a um restaurante na comunidade de Jardim Primavera com a promessa de uma negociação envolvendo a venda de uma carreta.
Os suspeitos são associados a uma milícia que mantém vínculos com Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, um contraventor foragido da Justiça e patrono da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro. Adilsinho é investigado por ser o suposto mandante de outros assassinatos, evidenciando a complexidade e a gravidade do cenário de criminalidade na região.
Segundo o relato das investigação, no dia do crime, Luis Henrique Torres foi o responsável por atrair Danilo e Gabriel ao restaurante. Durante a conversa pré-almoço, os policiais militares Allef Alves Bernardino, Leandro Machado da Silva e Luiz Carlos da Costa Ribeiro, acompanhados de Uanderson Costa de Souza, chegaram ao local e dispararam diversas vezes contra as vítimas. O sexto acusado, Lincoln Reis da Silva, teve comunicação prévia com os executores e, junto a Luis Henrique, tentou ocultar o veículo utilizado na ação.
As investigações continuam, revelando que os indivíduos detidos fazem parte de uma organização criminosa que tem se mostrado ativa em Duque de Caxias, sendo suspeitos de envolvimento em outros crimes de homicídio no estado. Enquanto isso, Adilsinho permanece foragido, sem poder aparecer na escola de samba que patrona, desde antes do carnaval deste ano.