Na manhã daquele dia, Moraes havia decretado a prisão domiciliar de um total de dez condenados. Os alvos incluem uma significativa variedade de personalidades, entre eles, sete militares do Exército, uma delegada da Polícia Federal e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, além de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro. Curiosamente, Carlos Rocha é considerado foragido por não ter sido localizado pela Polícia Federal.
Outro caso digno de nota é o do tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, que, apesar da ordem de prisão domiciliar, não teve sua medida cumprida, pois encontra-se em viagem à Bahia. Almeida assegurou que retornaria a Goiânia para iniciar o cumprimento da pena.
As prisões domiciliares foram impostas pelo ministro Moraes como uma estratégia para prevenir tentativas de fuga. Essa decisão se tornou ainda mais pertinente após a detenção de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que havia fugido para o Paraguai e tentado embarcar para El Salvador utilizando um passaporte falso.
Moraes expressou sua preocupação com o possível planejamento de fugas por parte dos condenados. Ele ressaltou que, ao analisar a conduta dos réus envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, nota-se uma tendência de organização criminosa que pode facilitar a execução de fugas internacionais. O ministro mencionou casos anteriores de réus que tentaram deixar o país, citando especificamente o ex-deputado Alexandre Ramagem, sugerindo um modus operandi estruturado com a ajuda de terceiros.
Esses desdobramentos sublinham a complexidade do caso e a determinação das autoridades em assegurar que ações semelhantes não se repitam, mantendo a ordem e a segurança jurídica no país.
