JUSTIÇA – Oito condenados por trama golpista seguem em prisão domiciliar após audiência; Moraes destaca risco de fuga e determinação de medidas restritivas.

No último sábado, uma juíza auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter as prisões domiciliares de oito indivíduos condenados relacionados a uma trama golpista. As audiências conduzidas pela juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino visaram atender a uma formalidade legal, mantendo a vigilância sobre os réus.

Na manhã daquele dia, Moraes havia decretado a prisão domiciliar de um total de dez condenados. Os alvos incluem uma significativa variedade de personalidades, entre eles, sete militares do Exército, uma delegada da Polícia Federal e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, além de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro. Curiosamente, Carlos Rocha é considerado foragido por não ter sido localizado pela Polícia Federal.

Outro caso digno de nota é o do tenente-coronel do Exército, Guilherme Marques de Almeida, que, apesar da ordem de prisão domiciliar, não teve sua medida cumprida, pois encontra-se em viagem à Bahia. Almeida assegurou que retornaria a Goiânia para iniciar o cumprimento da pena.

As prisões domiciliares foram impostas pelo ministro Moraes como uma estratégia para prevenir tentativas de fuga. Essa decisão se tornou ainda mais pertinente após a detenção de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que havia fugido para o Paraguai e tentado embarcar para El Salvador utilizando um passaporte falso.

Moraes expressou sua preocupação com o possível planejamento de fugas por parte dos condenados. Ele ressaltou que, ao analisar a conduta dos réus envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, nota-se uma tendência de organização criminosa que pode facilitar a execução de fugas internacionais. O ministro mencionou casos anteriores de réus que tentaram deixar o país, citando especificamente o ex-deputado Alexandre Ramagem, sugerindo um modus operandi estruturado com a ajuda de terceiros.

Esses desdobramentos sublinham a complexidade do caso e a determinação das autoridades em assegurar que ações semelhantes não se repitam, mantendo a ordem e a segurança jurídica no país.

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