As preocupações com a segurança aumentaram após um drone ter sido avistado sobrevoando a residência de Ana Tereza no domingo, 20. A atmosfera de apreensão levou à decisão de suspender todas as atividades da OAB-RJ até o meio-dia da quinta-feira, 3 de julho. As ameaças, supostamente articuladas por grupos extremistas, foram comunicadas pelas forças de segurança do estado e provocaram uma resposta rápida da OAB-RJ.
No dia após o fechamento, a segurança da sede foi reforçada com uma varredura do Grupo de Bombas e Explosivos da Polícia Federal, acompanhada pelo Grupamento Antibomba da Polícia Civil. A operação, que envolveu doze cães farejadores, destacou a gravidade da situação. Após uma inspeção detalhada, o prédio de 12 andares foi liberado para o retorno das atividades no início da tarde.
Frente a esse cenário, o Conselho Federal da OAB se manifestou em repúdio às tentativas de intimidação direcionadas à seccional carioca. Em nota, o órgão enfatizou que a advocacia não se submete a ameaças e reiterou o compromisso de Ana Tereza em defesa das prerrogativas da advocacia fluminense. O comunicado ressalta a importância da autonomia da OAB, destacando que qualquer tentativa de constrangimento envolve uma afronta aos princípios democráticos.
A OAB Nacional garantiu total apoio à presidente e à advocacia do estado, afirmando que qualquer forma de coação será enfrentada com união e determinação. O sentimento de solidariedade é evidente em um momento em que a segurança e a integridade dos advogados estão em foco.
Essa não é a primeira vez que a OAB enfrenta episódios de violência e intimidação. Um trágico marco na história da entidade ocorreu em 1980, durante o regime militar, quando a secretária Lyda Monteiro da Silva perdeu a vida ao abrir uma carta-bomba endereçada ao então presidente da OAB. O passado ainda ecoa e ressalta a importância da luta pela defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
