A decisão da juíza responsável pelo caso, Ariadne Villela Lopes, surpreendeu ao proibir Susane e sua filha de frequentarem o restaurante por dois anos. Além disso, a idosa não poderá se aproximar da vítima e terá que prestar contas mensalmente à Justiça sobre suas atividades e paradeiro. No documento, a mulher é citada como “pessoa em situação de rua”, apesar de estar vivendo há semanas no estabelecimento McDonalds.
A discussão que resultou na acusação de injúria racial ocorreu após uma adolescente fotografar Susane e sua filha no restaurante na sexta-feira, 30. Testemunhas relataram à polícia que a idosa utilizou termos racistas para insultar a jovem. A defesa de Susane e a vítima não foram localizadas para comentar o caso.
A juíza justificou sua decisão afirmando que, embora o ocorrido caracterize conduta típica de injúria racial, a ré é idosa e primária, sendo este o motivo pelo qual a prisão em flagrante não foi convertida em preventiva. A situação peculiar das mulheres, que aparentam alto poder aquisitivo apesar de estarem em condição de situação de rua, tem chamado a atenção de curiosos desde que o caso veio à tona.
Em uma entrevista à TV Globo, Susane revelou que ela e sua filha aguardam o retorno do marido de uma viagem para voltarem a ter um lugar para morar. O desfecho desse caso polêmico segue sendo acompanhado de perto, despertando questionamentos sobre as complexidades envolvidas nas relações sociais e nos desafios enfrentados por pessoas em situações vulneráveis.