JUSTIÇA – Mulher é presa por dopar e roubar turistas britânicos no Rio; duas cúmplices permanecem foragidas e caso ganha repercussão internacional.

Na última segunda-feira, 18 de setembro, Amanda Couto Deloca, de 23 anos, foi detida em Duque de Caxias, após ser uma das três mulheres suspeitas de usar substâncias para dopar e roubar turistas britânicos. A ação policial ocorreu em uma residencial localizada no bairro Nova Campina, onde Amanda se escondia. As outras duas acusadas, Mayara Ketelyn Américo da Silva e Raiane Campos de Oliveira, permanecem foragidas.

O caso remonta ao dia 7 de setembro, quando os turistas Mihailo Petrovic e Diego Bravo estavam na Lapa, um bairro famoso pela vida noturna do Rio de Janeiro. Durante o evento, as três mulheres se aproximaram dos britânicos, oferecendo bebidas que continham uma substância conhecida popularmente como “Boa Noite, Cinderela”. Essa droga é capaz de causar sonolência extrema e desorientação, tornando as vítimas vulneráveis a roubos.

A Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) indiciou as mulheres por roubo qualificado e associação criminosa, além da aplicação do golpe. Esse tipo de crime tem como característica a administração de substâncias psicoativas nas bebidas, levando as vítimas a perderem o controle de forma rápida, podendo desmaiar em questão de minutos.

Na semana seguinte, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o trio por crimes mais graves, incluindo roubo com violência e furto qualificado por fraude eletrônica. Raiane Campos, uma das foragidas, possui mais de 20 passagens criminais e já foi condenada a seis meses de prisão pelo mesmo tipo de crime, o que levanta sérias preocupações sobre a reincidência.

No desenrolar da operação, as acusadas tentaram acessar a conta bancária de Mihailo, buscando realizar um saque não autorizado de 16 mil libras esterlinas. A transação foi interrompida pela exigência de reconhecimento facial, porém, elas conseguiram efetuar um roubo de 2.100 libras esterlinas, parte da qual foi utilizada na compra de criptomoedas.

O caso teve grande repercussão internacional, especialmente após uma testemunha gravar as mulheres em um táxi logo após deixarem os turistas na praia de Ipanema, onde as vítimas estavam visivelmente desorientadas e em estado alterado. Um dos turistas chegou a desmaiar na areia. O motorista do táxi confirmou a corrida, e as vítimas puderam reconhecer formalmente as acusadas na delegacia.

Por fim, o MPRJ pediu que as acusadas compensassem cada um dos turistas em R$ 30 mil por danos materiais e morais, um reflexo da gravidade dos crimes cometidos e do impacto psicológico sofrido pelos britânicos. A busca pelas foragidas continua, e a expectativa é que a justiça seja feita de forma rápida e eficaz.

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