Além de Vorcaro, os libertados incluem os ex-diretores Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva, assim como Augusto Ferreira Lima, ex-sócio da instituição bancária. Apesar da liberdade condicionada, os acusados estão sujeitos a várias proibições, como a impossibilidade de exercer atividades no setor financeiro, o contato com outros investigados e a saída do país.
Esses indivíduos foram alvos da Operação Compliance Zero, uma ação da Polícia Federal que investiga a concessão de créditos falsos pelo Banco Master. As apurações revelaram tentativas fraudulentas que podem ter ocasionado um desvio de até R$ 17 bilhões. O esquema inclui, ainda, tentativas de compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), uma instituição pública atrelada ao governo do Distrito Federal.
Após sua prisão, os advogados de Vorcaro prontamente contestaram alegações de que o banqueiro planejava deixar o Brasil, afirmando que ele sempre se ofereceu para colaborar com as investigações. Em resposta ao impacto da operação e à sua imagem, o BRB anunciou a intenção de contratar uma auditoria externa. O objetivo é esclarecer os fatos relacionados às fraudes e averiguar eventuais falhas na governança e controles internos da instituição.
O desenrolar do caso e a resposta do MPF indicam que a investigação segue em andamento e que as autoridades estão atentas à complexidade do assunto, que envolve grandes somas e instituições financeiras importantes. O desfecho das apurações pode ter implicações significativas tanto no cenário bancário quanto na representação da justiça financeira no Brasil.
