De acordo com o MPF, a apuração tem como objetivo investigar possíveis irregularidades na atuação do Cremesp na abertura de sindicâncias contra médicos que realizaram interrupção da gravidez no Hospital Vila Nova Cachoeirinha em casos de gestações com mais de 22 semanas, em suposta violação dos prontuários médicos.
Em maio, duas médicas do Serviço de Aborto Legal do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, localizado na zona norte de São Paulo, foram suspensas pelo Cremesp. O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) denunciou a entidade, alegando que as profissionais foram vítimas de perseguição depois que dados das pacientes foram acessados por funcionários da Secretaria de Saúde do município.
A situação gerou polêmica e questionamentos sobre a privacidade e confidencialidade das informações médicas dos pacientes. A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Cremesp para obter seu posicionamento sobre o assunto, mas até o momento não obteve resposta.
Essa investigação do MPF é mais um capítulo em meio a um debate complexo sobre direitos reprodutivos e atuação ética dos profissionais de saúde. O desfecho desse caso terá impacto não só na relação entre médicos e pacientes, mas também na forma como os órgãos reguladores lidam com questões sensíveis como o aborto legal. A sociedade aguarda por esclarecimentos e transparência nesse processo investigativo.










