Os ex-policiais William Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas inicialmente foram condenados a 23 anos, um mês e nove dias de reclusão. No entanto, em janeiro deste ano, suas penas foram reduzidas para 22 anos, 2 meses e 25 dias, e 23 anos, 8 meses e 14 dias, respectivamente. O MPF pleiteia que as penas sejam aumentadas para 30 anos de reclusão no caso de Nascimento e para 25 anos e 13 dias para Noia e Freitas.
Já o ex-policial Rodolpho Nascimento foi condenado a 28 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado. O MPF busca elevar sua pena para 30 anos de reclusão. Os procuradores argumentam que tal aumento serve para transmitir a mensagem de que não há tolerância do Estado com casos de violência policial, além de destacar o prejuízo à imagem da corporação policial e a descrença da população na polícia como consequências do crime.
No recurso apresentado ao TRF5, o MPF alerta para a possibilidade de o Brasil ser responsabilizado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em casos de violência estatal contra vítimas vulneráveis, como no caso de Genivaldo Santos. A falta de uma punição adequada poderia ampliar a repercussão do episódio a nível internacional, afetando a imagem do país. Com isso, a atuação do MPF visa não apenas a justiça no caso específico, mas também a garantia da responsabilização do Estado em casos de violência policial.