JUSTIÇA – MPF arquiva investigação sobre Bolsonaro e baleia jubarte em São Paulo por falta de provas de crime ambiental.

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo decidiu arquivar a investigação que apurava se o ex-presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ambiental ao pilotar um jet ski próximo a uma baleia jubarte em junho de 2023, em São Sebastião, no litoral paulista. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (31) após o MPF entender que não foram reunidas provas suficientes para comprovar a intenção de Bolsonaro de molestar o animal, o que é um elemento crucial para enquadrar o caso como crime ambiental.

Imagens que circularam nas redes sociais mostraram Bolsonaro se aproximando da baleia jubarte em seu jet ski, com o motor ligado, chegando a menos de 15 metros de distância do animal. No entanto, uma portaria do Ibama proíbe embarcações com motor ligado de se aproximarem a menos de 100 metros de qualquer baleia. A multa aplicada pelo Ibama ao ex-presidente foi de R$ 2,5 mil pela importunação da baleia.

O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, se pronunciou nas redes sociais afirmando que sempre considerou a investigação um absurdo. Ele ressaltou que a procuradora da República responsável pelo parecer acolheu as razões apresentadas pela defesa durante as diligências da Polícia Federal, demonstrando que o episódio não tinha repercussão jurídica significativa.

Além disso, o advogado declarou que continuará defendendo o arquivamento de outras investigações relacionadas a Bolsonaro. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou uma investigação contra Bolsonaro sobre a fraude nos cartões de vacinação, mas em outro processo, Bolsonaro e mais sete acusados se tornaram réus no Supremo pela trama golpista.

Com essa decisão do MPF, encerra-se mais um capítulo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e suas controvérsias ambientais, enquanto ele segue enfrentando outras questões legais perante a justiça.

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