JUSTIÇA – MPE defende cassação de Sergio Moro por abuso de poder econômico em pré-campanha para o Senado no PARANÁ.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu nesta segunda-feira (1º) a cassação do mandato do senador Sérgio Moro, do partido União-PR. O posicionamento foi apresentado pelo procurador Marcelo Godoy durante uma audiência no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, onde estão sendo analisados dois processos movidos pelo PT e pelo PL contra Moro, acusando-o de abuso de poder econômico em relação a gastos realizados durante a pré-campanha de 2022.

Os partidos alegam que, quando Moro ainda estava no Podemos, ele teria feito investimentos considerados irregulares em sua pré-campanha à Presidência da República, prejudicando os demais candidatos ao Senado. De acordo com a acusação, foram utilizados cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário para custear eventos de filiação ao Podemos, produção de vídeos promocionais e consultorias eleitorais.

Durante a argumentação, o procurador reiterou um parecer favorável à cassação, emitido em dezembro do ano passado, afirmando que houve um “benefício pessoal” para Moro em parte dos gastos realizados. A Procuradoria defende a cassação da chapa eleita e a inelegibilidade tanto de Moro quanto de seu primeiro-suplente, Luiz Felipe Cunha.

O julgamento prossegue com o voto do relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, e mais seis juízes deverão se manifestar. Caso a decisão não seja alcançada hoje, o TRE agendou mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril para a conclusão do julgamento.

Se a cassação de Sérgio Moro for confirmada, o político corre o risco de perder seu mandato de senador e ficar inelegível para futuras eleições. O julgamento continua sendo acompanhado atentamente pelos envolvidos e pela opinião pública, dada a relevância do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no cenário político nacional.

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