Os partidos alegam que, quando Moro ainda estava no Podemos, ele teria feito investimentos considerados irregulares em sua pré-campanha à Presidência da República, prejudicando os demais candidatos ao Senado. De acordo com a acusação, foram utilizados cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário para custear eventos de filiação ao Podemos, produção de vídeos promocionais e consultorias eleitorais.
Durante a argumentação, o procurador reiterou um parecer favorável à cassação, emitido em dezembro do ano passado, afirmando que houve um “benefício pessoal” para Moro em parte dos gastos realizados. A Procuradoria defende a cassação da chapa eleita e a inelegibilidade tanto de Moro quanto de seu primeiro-suplente, Luiz Felipe Cunha.
O julgamento prossegue com o voto do relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, e mais seis juízes deverão se manifestar. Caso a decisão não seja alcançada hoje, o TRE agendou mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril para a conclusão do julgamento.
Se a cassação de Sérgio Moro for confirmada, o político corre o risco de perder seu mandato de senador e ficar inelegível para futuras eleições. O julgamento continua sendo acompanhado atentamente pelos envolvidos e pela opinião pública, dada a relevância do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no cenário político nacional.