De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), até o momento já foram denunciadas 1.390 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos, sendo que 1.246 já tiveram suas denúncias aceitas. Caso as novas denúncias também sejam acolhidas pelos ministros do STF, o número total de denunciados chegará a 1.316.
A maioria dos réus responde por crimes como incitação à animosidade das Forças Armadas e associação criminosa. Essas são as pessoas que foram presas no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde, todos os dias, ocorriam pedidos de intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito em 2022.
Além disso, há um grupo menor, composto por mais de 200 indivíduos, que está sendo acusado de crimes mais graves, como a deterioração do patrimônio histórico da União, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada.
Assim como nas seis levas anteriores de denúncias, a maioria dos ministros do STF considerou que existem indícios suficientes para a abertura de ação penal contra todos os acusados, o que os coloca na condição de réus. Com isso, inicia-se uma nova fase do processo, em que serão ouvidas testemunhas e poderão ser produzidas outras provas.
Após a conclusão dessa nova fase de instrução processual, será aberto um prazo para que a acusação e a defesa apresentem suas manifestações finais. Somente após essa etapa serão analisados individualmente os casos, podendo eventualmente ocorrer a condenação dos envolvidos. Não há um prazo definido para que os julgamentos sejam realizados.
Portanto, o julgamento das pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro continua avançando no Supremo Tribunal Federal. Com mais 70 réus, o total de denunciados chegará a 1.316, demonstrando a seriedade com que as autoridades estão tratando esses casos de ataque à democracia. A partir de agora, novas etapas do processo serão cumpridas, com a expectativa de que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam devidamente punidos.