Antes do encontro com Paes, o ministro terá uma reunião com o governador do estado, Cláudio Castro, agendada para às 11 horas. Nesta oportunidade, o governador deverá apresentar os 18 esclarecimentos solicitados por Moraes sobre a operação, que levantou debates intensos sobre os métodos e resultados das ações policiais na região. A troca de informações entre os dois é esperada para fornecer uma visão mais clara sobre os eventos que levaram a essa crise humanitária.
Após a conversa com o governador, Moraes também se encontrará com outras figuras importantes, incluindo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Ricardo Couto de Castro, e o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira. Este ciclo de reuniões tem como objetivo reunir informações e elaborar um cenário mais abrangente sobre a situação atual, envolvendo a Justiça e a segurança no estado.
Esses encontros tomam especial relevância porque Alexandre de Moraes atua como relator temporário da ADPF das Favelas, um processo que já resultou em medidas para tentar reduzir a letalidade policial na cidade. A decisão do STF sobre a continuidade do processo foi desencadeada pela aposentadoria do ex-ministro Luís Roberto Barroso, que havia liderado anteriormente o caso. A escolha de Moraes para essa função é vista como uma tentativa do tribunal de enfrentar a urgência do tema, dada a gravidade dos acontecimentos recentes.
O que se espera desses encontros é que sejam traçadas estratégias mais efetivas para lidar com a complexa realidade da segurança pública no Rio de Janeiro, especialmente diante de um cenário onde a população se sente cada vez mais vulnerável. A repercussão dessas reuniões pode influenciar as políticas públicas e a atuação das forças de segurança na cidade, refletindo a necessidade de um diálogo aberto entre diferentes esferas do governo e da Justiça.
