Durante a fase de instrução do caso, os réus estavam sob uma severa proibição de comunicação, uma medida que visava garantir a integridade do processo judicial e impedir interferências nas investigações. Com a finalização dos depoimentos, Moraes avaliou que essa restrição já não se justificava, uma vez que a fase crucial de coleta de informações das partes envolvidas havia sido concluída.
Além da revogação da proibição de contato, o ministro também concedeu um prazo de cinco dias para que as defesas dos réus apresentem novos requerimentos ou solicitem diligências adicionais. Essa etapa é fundamental, pois permitirá que os advogados explorem todas as possibilidades de defesa antes que o caso avance para o seu desfecho.
Os interrogatórios, que ocorreram em dois dias consecutivos, representam uma das últimas etapas do processo penal. A expectativa é que o julgamento, que determinará a condenação ou absolvição dos réus, ocorra no segundo semestre deste ano. Essa fase final é aguardada com grande interesse pela sociedade, dado o amplo debate em torno das implicações políticas e jurídicas do caso.
Os réus estão associados ao que é descrito como o “núcleo crucial” da tentativa de golpe, e sua ligação com os eventos que culminaram em ações antidemocráticas no país levantou questionamentos sobre a estabilidade institucional. À medida que o processo avança, todos os olhos permanecem voltados para as decisões que serão tomadas no âmbito do Supremo Tribunal e as consequências que essas decisões poderão trazer para o futuro da política brasileira.