Durante a audiência, a defesa argumentou que informações veiculadas nas redes sociais poderiam ser relevantes para o caso. No entanto, Mauro Cid, durante seu interrogatório ao STF, foi acusado de omitir que utilizou plataformas digitais para interagir com outros investigados e seus advogados. As evidências obtidas através de comunicações feitas por Meta e Google ao STF contradizem esta afirmação. Os dados indicam que um perfil no Instagram, identificado como @gabrielar702, foi criado a partir de um e-mail vinculado ao nome do tenente-coronel.
Em seu despacho, Moraes deixou claro que a proposta da defesa estará sob análise em um momento mais apropriado, enfatizando que os trâmites do processo seguirão em frente sem interrupções. “Não será admitido tumulto processual e pedidos que visem procrastinar a tramitação do processo”, declarou o ministro, assegurando que a Corte avaliará todas as questões no tempo devido.
Na semana anterior, Moraes já havia estipulado um prazo de 15 dias para que as defesas de Bolsonaro e de outros sete réus do núcleo 1 apresentassem suas alegações finais. A Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação, terá o mesmo tempo para emitir sua manifestação. Após a finalização das alegações, o ministro deverá marcar a data para o julgamento que definirá o destino do ex-presidente e dos demais acusados, decidindo entre a condenação ou a absolvição dos envolvidos na trama.
Dessa forma, o caso continua a ser monitorado de perto, com atenção da mídia e da população, enquanto o STF busca manter a ordem e a integridade do processo judicial em meio a uma situação delicada e complexa.