O ministro, conhecido por sua postura firme em momentos críticos, declarou que as etapas do processo judicial seguirão até que todas as denúncias sejam analisadas e que a justiça seja feita, assegurando que aqueles que merecem condenação serão punidos, enquanto os inocentes serão absolvidos. Moraes destacou ainda que o Brasil se encontra diante de um surto de autoritarismo, e que sua função é aplicar o que definiu como uma “vacina” contra essa ameaça.
Na elaboração de um perfil sobre o ministro, os repórteres conversaram com diversas pessoas próximas a ele, que compartilharam visões divergentes sobre sua atuação. Enquanto alguns veem suas ações rigorosas como essenciais para a manutenção da democracia, outros acreditam que ele ultrapassa os limites, prejudicando a legitimidade do Supremo Tribunal Federal.
A personalidade de Moraes é descrita como forte e não hesitante, um verdadeiro “xerife da democracia”, especialmente à luz de suas decisões que ecoam internacionalmente, em um cenário global cada vez mais polarizado. Notavelmente, ele ordenou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, um ato destacado entre suas medidas controversas.
Além disso, sua relação tensa com a administração norte-americana é mencionada, com sanções sendo impostas a ele como resultado de desentendimentos, muitas vezes atribuídos a “fake news” propagadas por aliados do ex-presidente. O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, justificou ações como tarifas sobre produtos brasileiros argumentando que eram resposta a uma suposta “caça às bruxas” promovida por Moraes.
O processo judicial em que Bolsonaro é acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, junto a outros sete aliados, está agendado para ser iniciado em 2 de setembro, em uma sessão da Primeira Turma do Supremo, composta por cinco ministros. Essa nova fase do caso promete ser um marco significativo nas questões de governança e justiça no Brasil.