O ministro fundamentou sua decisão ao lembrar que uma das medidas cautelares aplicadas a Bolsonaro proíbe o contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e os demais investigados nos processos relacionados ao caso. Moraes destacou que a proibição inclui também interações indiretas, que poderiam ocorrer por meio de terceiros, o que aclara o rigor das condições impostas ao ex-presidente.
Recentemente, o STF decidiu, por quatro votos a um, retomar as investigações a respeito de uma conspiração associada ao PL, que envolve a disseminação de desinformação a respeito das urnas eletrônicas e a tentativa de manter Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022. O relator da ação, Alexandre de Moraes, apresentou a proposta que foi deliberada durante a condenação de outros envolvidos no chamado Núcleo 4 da trama, um grupo responsabilizado pela propagação de notícias falsas a respeito do processo eleitoral.
Um dos réus condenados nesta fase é Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, que, à frente do Instituto Voto Legal (IVL), foi contratado pelo PL para conduzir pesquisas que fundamentaram a contestação do resultado do primeiro turno das eleições de 2022. No entanto, vale ressaltar que esta ação se apoiou em uma série de alegações infundadas sobre fraudes na votação eletrônica.
Com a reabertura das investigações, a Polícia Federal deverá intensificar os trabalhos para apurar crimes relacionados à organização criminosa e à tentativa de abolição violenta da estrutura democrática do país. Embora Valdemar Costa Neto tenha sido indiciado no passado pela Polícia Federal no contexto dessa trama, até o momento, ele não enfrentou acusações formais pela Procuradoria-Geral da República, o que levanta questionamentos sobre os desdobramentos legais futuros para o líder do PL e seu partido.