Braga Netto, que serviu como vice na chapa de Jair Bolsonaro nas últimas eleições, encontra-se detido em instalações do Exército no Rio de Janeiro desde dezembro do ano passado. A prisão decorre de suspeitas robustas de sua participação ativa em uma tentativa de desestabilização do governo. Em sua decisão, Moraes rejeitou um pedido de soltura impetrado pela defesa do general, afirmando que existem evidências substanciais que sustentam as acusações de envolvimento de Braga Netto na tentativa de golpe.
O ministro destacou a presença dos requisitos estabelecidos pelo Código de Processo Penal para manter a custódia cautelar do ex-general. Moraes argumentou que a libertação de Braga Netto poderia representar um risco à ordem pública, dada a gravidade dos delitos que lhe são imputados. A decisão reflete a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal e de resguardar a ordem pública.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal revelaram detalhes alarmantes sobre os supostos planos golpistas de Braga Netto. Entre os elementos encontrados, destaca-se a tentativa do militar de acessar informações sigilosas relacionadas a uma delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, o que demonstraria uma tentativa clara de manipulação e obstrução das apurações em curso.
Apesar dessas graves acusações, a defesa de Braga Netto se apressou em contradizer as alegações, insistindo que não houve qualquer tentativa de obstruir o processo investigativo. O desdobramento desse caso continua a suscitar debates intensos no cenário político brasileiro, refletindo a turbulência e as polarizações características do momento atual. A manutenção da prisão do general é um sinal claro da atuação do Judiciário em casos que envolvem figuras proeminentes na política nacional.
