A transição da prisão de preventiva para definitiva foi um movimento crucial, pois confirma o trânsito em julgado da sentença, ou seja, não há mais recursos possíveis. O STF já havia manifestado, na última sexta-feira, apoio unânime para manter a condenação de Zambelli, que inclui não apenas a pena de prisão, mas também a inelegibilidade e uma multa de R$ 2 milhões.
Na mesma decisão, Moraes também notificou a perda do mandato de Zambelli, enviando a documentação necessária à Câmara dos Deputados para que a entrega formal do cargo seja oficializada. Além disso, o ministro requisitou que a Secretaria Judiciária do STF encaminhe os documentos necessários ao Ministério da Justiça, com o objetivo de solicitar a extradição da deputada, que se encontra fora do país.
Zambelli, alega-se, buscou manipulate o sistema do CNJ para vincular ilegalmente um mandado de prisão falso a Moraes. Os atos foram classificados pela Procuradoria-Geral da República como tentativas de incitar desordem e descredibilizar o Poder Judiciário.
A parlamentar também enfrenta um outro processo no STF, relacionado a um incidente em que sacou uma arma e perseguiu um jornalista durante a campanha eleitoral de 2022. Até o momento, já há um indicativo de condenação, porém o julgamento está pendente.
Após a condenação, Zambelli deixou o Brasil rumo à Europa, alegando ter cidadania italiana, o que a torna menos suscetível à extradição. Seu nome foi incluído na lista de procurados pela Interpol, o que a coloca em uma situação delicada, dada a possibilidade de prisão em solo europeu. Essa série de eventos marca um período tumultuado não apenas para a deputada, mas também para a política brasileira, gerando discussões acaloradas sobre os limites da atuação legislativa e a responsabilidade de representantes públicos.