JUSTIÇA – Moraes libera visita de Valdemar a Bolsonaro no dia 28 de agosto durante prisão domiciliar; novas regras para visitas foram estabelecidas pelo STF.

O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), visite o ex-presidente Jair Bolsonaro. A visita está agendada para o dia 28 de agosto, com um horário estipulado entre 10h e 18h.

Desde o dia 4 de agosto, o ex-presidente Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, imposta pelo próprio Moraes, que restringiu as visitas a familiares e aliados, sendo necessária a autorização do Supremo para qualquer encontro. Valdemar, que atualmente ocupa um papel fundamental na articulação política do PL, havia solicitado a visita anteriormente, mas teve o pedido negado por Moraes, uma vez que o protocolo da solicitação não foi feito de acordo com as normas estabelecidas pela Corte.

A nova ação foi apresentada após Moraes determinar que visitas a Bolsonaro devem sempre ser solicitadas pela defesa do ex-presidente. O entendimento do ministro se baseia na ideia de que assegurar as visitas de forma organizada é crucial para evitar possíveis abusos nas comunicações do ex-presidente, especialmente considerando as restrições que acompanham sua situação atual.

Na decisão mais recente, ficou claro que Bolsonaro demonstrou interesse em receber Valdemar, o que levou à reconsideração e, consequentemente, à autorização da visita. As medidas restritivas impostas são resultado de preocupações sobre o uso indevido das redes sociais por parte de Bolsonaro, o que, segundo Moraes, teria sido feito de maneira clandestina, muitas vezes utilizando as contas dos filhos e a ajuda de terceiros.

As cautelares foram feitas no contexto de um inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, por supostas atividades ligadas ao governo americano que visariam retaliar o governo brasileiro e os ministros do Supremo Tribunal Federal. Vale ressaltar que, em março deste ano, Eduardo decidiu se afastar de suas funções como deputado e se mudou para os Estados Unidos, alegando perseguição política.

Além disso, Bolsonaro enfrenta investigações em que é acusado de financiar a estadia de seu filho no exterior através de transferências financeiras. Ele também figura como réu no processo referente a atos que levantaram temores de golpe no Brasil. O cenário segue em desenvolvimento, com implicações significativas para o futuro político do ex-presidente e seu círculo próximo.

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