O ex-blogueiro é neto de João Figueiredo, que foi presidente do Brasil durante o regime militar, e a sua intimidação tem como objetivo garantir que ele seja devidamente notificado sobre a denúncia que pesa contra ele. A carta rogatória estabelece que Figueiredo tem um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa após ter recebido a notificação. Moraes, no documento, ressaltou a relevância do processo, informando que ele está sob a jurisdição do Supremo Tribunal.
Entretanto, a utilização da carta rogatória representa um procedimento que pode ser moroso, uma vez que demanda a intermediação das diplomacias do Brasil e dos Estados Unidos, além da futura atuação do Judiciário norte-americano, tornando o processo ainda mais complexo.
No cerne da denúncia, Figueiredo, assim como o deputado Eduardo Bolsonaro, também alvo da mesma acusação, é investigado por supostas ações que visaram movimentar e influenciar sanções contra o Brasil. Essas iniciativas, segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tinham como principal objetivo tentar afastar possíveis condenações ao ex-presidente Jair Bolsonaro no contexto de um julgamento que ocorreu recentemente.
Após a apresentação da denúncia, tanto Eduardo Bolsonaro quanto Paulo Figueiredo emitiram uma nota conjunta desqualificando as acusações da PGR e reafirmando o compromisso de continuarem a atuar em parceria com aliados internacionais para fomentar novas sanções contra autoridades brasileiras. Dessa forma, a situação permanece tensa, alimentando um debate polarizado sobre a política e a justiça no Brasil.
