A decisão do ministro foi desencadeada após a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro notificar o STF sobre uma violação nas regras de monitoramento eletrônico impostas a Brazão. Segundo informações, o sistema de tornozeleira eletrônica apontou que o ex-deputado ultrapassou os limites estabelecidos nos dias 2, 3 e 4 deste mês. Essa notificação levantou preocupações sobre a real escrupulosidade das medidas cautelares que deveriam restringir a locomoção de Chiquinho.
Moraes, em sua decisão, enfatizou a necessidade de um esclarecimento formal por parte da defesa de Brazão. Ele estipulou um prazo de 48 horas para que os advogados apresentem detalhes sobre as circunstâncias que levaram ao descumprimento das ordens judiciais. Com uma abordagem assertiva, o ministro alertou que a falta de resposta poderia resultar na decretação imediata da prisão do ex-deputado, aumentando a tensão em torno deste emblemático caso.
Além de Chiquinho Brazão, outros três réus também estão neste escopo de investigação, aumentando a complexidade das acusações em torno de uma rede criminosa que, supostamente, estaria envolvida na execução de Marielle e Anderson. Entre os co-réus estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, que é irmão de Chiquinho, junto ao ex-chefe da Polícia Civil do estado, Rivaldo Barbosa, além do major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos eles respondem a acusações graves, que incluem homicídio e formação de organização criminosa.
Diante desse panorama, a situação permanece delicada e muitas dúvidas persistem sobre os desdobramentos futuros. A expectativa é que a resposta da defesa de Chiquinho Brazão, que têm sido observada com cautela, possa trazer novas nuances e evidências ao que pode ser um dos casos mais emblemáticos da criminalidade brasileira contemporânea, envolvendo questões de poder e corrupção.