De acordo com informações fornecidas pela Polícia Penal do Paraná, o sinal GPS do dispositivo que monitora Martins apresentou falhas, ficando fora do ar por aproximadamente uma hora no dia 23 de outubro, entre 17h50 e 18h53. Diante desse incidente, o ministro decidiu que os advogados de Martins têm um prazo de cinco dias para prestar esclarecimentos detalhados sobre o ocorrido. Ele deixou claro que a não apresentação das devidas explicações poderá resultar na decretação imediata da prisão do réu.
Na sua decisão, Moraes enfatizou: “Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Filipe Garcia Martins Pereira para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas, no prazo máximo de cinco dias, sob pena de decretação imediata da prisão do réu”. Tal declaração demonstra a séria abordagem que o STF está adotando em relação ao cumprimento das medidas judiciais de monitoramento, especialmente em casos envolvendo figuras públicas com um histórico de envolvimento em questões políticas controversas.
Filipe Martins é um dos réus ligados ao chamado Núcleo 2 da trama golpista que se desenvolveu durante o governo de Bolsonaro. Ele responde a um processo que, até agora, permite que continue em liberdade, contanto que siga as normas de monitoração estabelecidas pelo tribunal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou Martins como um dos principais envolvidos na elaboração de um documento que postulava a realização de um golpe de Estado no final do governo anterior, evidenciando a gravidade das suas ações em um contexto político já marcado por divisões.
A situação de Martins reacende discussões sobre a responsabilidade e a integridade das medidas cautelares que visam à contenção de atos ilícitos na esfera política, destacando, assim, o papel fundamental do judiciário na manutenção da ordem democrática.
