O alerta para a fuga de Vasques foi emitido pela Polícia Federal, que notificou Moraes sobre o sinal da tornozeleira, que deixou de funcionar por volta das 3h da madrugada na quinta-feira. Agentes federais dirigiram-se à residência de Silvinei, localizada em São José, Santa Catarina, apenas para constatar que ele não estava mais no local. A confirmação da prisão de Vasques no Paraguai foi realizada pela Polícia Federal, que agora trabalha para sua extradição de volta ao Brasil.
O ministro Moraes justificou sua decisão destacando que a fuga do ex-diretor, a partir da violação das medidas cautelares sem qualquer justificativa plausível, sustenta a necessidade da prisão preventiva. Para Moraes, essa ação revela um desrespeito às normas impostas pelo sistema judicial, tornando imperativa a reavaliação das condições de liberdade de Silvinei.
Vasques, que enfrenta uma condenação que soma 24 anos e 6 meses de reclusão, foi um dos protagonistas da chamada “trama golpista”, um plano que visava manter Bolsonaro no poder. A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal apontam que ele ordenou a realização de operações em locais onde a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva apresentava maior popularidade, dificultando assim o acesso dos eleitores às urnas durante o processo eleitoral.
Ele havia sido preso preventivamente em agosto de 2023 e, após um ano sob custódia, conseguiu uma liberdade provisória, que foi condicionada a diversas medidas cautelares, incluindo a utilização da tornozeleira de monitoramento e o cancelamento de seu passaporte. A recente suspensão de suas condições de liberdade evidencia a gravidade da situação.
O desenrolar desse caso chama a atenção para as intricadas ramificações políticas no país e para a persitência das ações judiciais no combate à corrupção e à impunidade. Enquanto isso, o desfecho da saga de Silvinei Vasques permanece sob vigilância tanto da justiça quanto da opinião pública.
