JUSTIÇA – Moraes determina prisão de trio condenado por tentativa de explosão em aeroporto e liga crime a atos golpistas de 8 de janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão dos três homens envolvidos na tentativa de explosão de um caminhão-tanque próximo ao aeroporto de Brasília, incidente ocorrido na véspera de Natal de 2022. Os indivíduos, identificados como George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, foram condenados por suas ações, que foram consideradas uma grave ameaça à segurança pública.

A nova decisão, proferida na última terça-feira, estabelece que os acusados permanecerão em regime de prisão preventiva, o que significa que suas liberdades serão revogadas por tempo indeterminado. Eles passarão por uma audiência de custódia em breve, onde poderão ter a chance de contestar a medida.

Os três homens já enfrentavam penalidades severas impostas pela Justiça do Distrito Federal. George Washington, um empresário, foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão, enquanto Alan Diego recebeu uma pena de cinco anos e quatro meses. Wellington Macedo, por sua vez, teve uma condenação de seis anos, sendo acusado de ameaçar a integridade física da população por meio do uso de explosivos. Antes dessa reviravolta legal, todos os réus estavam em regime semiaberto.

Alexandre de Moraes, ao justificar sua decisão, destacou que a tentativa de explosão tinha vínculos com os violentos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, que ameaçaram a democracia do país. O Ministro observou que as ações dos acusados configuram um risco significativo à ordem pública, uma vez que poderiam causar uma catástrofe coletiva.

Além das condenações anteriores, os acusados enfrentam novos processos, tendo sido denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes graves, incluindo associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Até o momento, a Agência Brasil está em contato com as defesas dos envolvidos para buscar mais informações e fornecer espaço para suas manifestações, conforme o princípio da ampla defesa. A situação continua a ser acompanhada de perto pelas autoridades e pela sociedade, dada a gravidade do caso e suas implicações legais e sociais.

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