Na última sexta-feira, a defesa do ex-presidente negou veementemente as informações de que Bolsonaro teria solicitado asilo político ao novo presidente da Argentina, Javier Milei. Os advogados também refutaram a ideia de que o ex-mandatário tenha a intenção de deixar o país e, por conseguinte, pleitearam a revogação de sua prisão domiciliar. Este movimento legal surge após uma determinação de Moraes que exigiu que a defesa desse explicações sobre um documento encontrado no celular de Bolsonaro durante uma operação de busca e apreensão.
Esse documento, que aparentemente estava salvo no aparelho desde 2024, levantou suspeitas sobre a intenção de Bolsonaro de buscar proteção fora do Brasil. A Polícia Federal, responsável pela descoberta do material, está investigando a conexão do ex-presidente com a resposta do governo dos Estados Unidos às recentes ações no Brasil, o que exacerba ainda mais a situação do ex-chefe de Estado.
Além disso, é relevante mencionar que Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, foram indiciados por crimes como a coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Os indiciamentos ocorreram após a conclusão de uma investigação que evidenciou esforços de Eduardo para interagir com o governo de Donald Trump, propondo ações que gerariam retaliações contra o Brasil.
Com um cenário político já delicado, a análise da PGR poderá influenciar o rumo das investigações e o futuro jurídico de Bolsonaro, em um caso que tem captado a atenção do país e provoca debates intensos sobre democracia e direitos políticos.