JUSTIÇA – Moraes dá 48 horas para PGR se manifestar sobre defesa de Bolsonaro em caso de asilo encontrado em celular durante investigação.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um curto prazo de 48 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste a respeito das alegações apresentadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O relógio começou a contar na manhã de hoje, com a expectativa de que a PGR apresente sua análise até quarta-feira. Essa ação ocorre em meio a um clima tenso envolvendo a figura de Bolsonaro, que recentemente foi alvo de investigações pela Polícia Federal.

Na última sexta-feira, a defesa do ex-presidente negou veementemente as informações de que Bolsonaro teria solicitado asilo político ao novo presidente da Argentina, Javier Milei. Os advogados também refutaram a ideia de que o ex-mandatário tenha a intenção de deixar o país e, por conseguinte, pleitearam a revogação de sua prisão domiciliar. Este movimento legal surge após uma determinação de Moraes que exigiu que a defesa desse explicações sobre um documento encontrado no celular de Bolsonaro durante uma operação de busca e apreensão.

Esse documento, que aparentemente estava salvo no aparelho desde 2024, levantou suspeitas sobre a intenção de Bolsonaro de buscar proteção fora do Brasil. A Polícia Federal, responsável pela descoberta do material, está investigando a conexão do ex-presidente com a resposta do governo dos Estados Unidos às recentes ações no Brasil, o que exacerba ainda mais a situação do ex-chefe de Estado.

Além disso, é relevante mencionar que Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, foram indiciados por crimes como a coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Os indiciamentos ocorreram após a conclusão de uma investigação que evidenciou esforços de Eduardo para interagir com o governo de Donald Trump, propondo ações que gerariam retaliações contra o Brasil.

Com um cenário político já delicado, a análise da PGR poderá influenciar o rumo das investigações e o futuro jurídico de Bolsonaro, em um caso que tem captado a atenção do país e provoca debates intensos sobre democracia e direitos políticos.

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