Durante o lançamento do canal SBT News em São Paulo, Moraes afirmou que a “verdade prevaleceu”, agradecendo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela ação diplomática que contribuiu para a revogação das medidas. O ministro mencionou que, em julho, durante uma reunião do STF, pediu a Lula que não tomasse nenhuma medida judicial contra as sanções, pois tinha convicção de que a verdade acabaria sendo reconhecida pelas autoridades norte-americanas.
Moraes interpretou a retirada das sanções como uma vitória não apenas pessoal, mas um triunfo para o Judiciário brasileiro, a soberania nacional e a democracia. Em suas palavras, o Judiciário “não se vergou a ameaças e coações” e segue comprometido com a imparcialidade e a coragem. O ministro fez um apelo ao respeito às instituições brasileiras, ressaltando que o país serve de exemplo para outras nações em relação à democracia.
As sanções contra Moraes foram impostas em julho após uma atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que buscou retaliar o ministro por decisões desfavoráveis a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Lei Magnitsky permite a imposição de bloqueios a ativos financeiros nos EUA, restringindo também a entrada de indivíduos sancionados no país. No entanto, Moraes afirmou que as sanções impactaram pouco sua vida, visto que não possui bens ou contas bancárias nos Estados Unidos e não costuma viajar para lá.
A recente revogação gerou reações diversas, incluindo a do deputado Eduardo Bolsonaro e do blogueiro Paulo Figueiredo, que se mostraram decepcionados com a notícia. Eles lamentaram a falta de coesão política no Brasil, que, segundo afirmaram, impediu avanços nos desafios estruturais que o país enfrenta. A situação reflete um cenário complexo no qual as tensões políticas internas se entrelaçam com a diplomacia internacional, evidenciando a importância de um diálogo mais construtivo dentro do Brasil.
