Relatos indicam que já foram enviados cerca de R$ 2 milhões para Eduardo, quantia que agora fica sob a fiscalização do Judiciário. A restrição vem acompanhada de um contexto peculiar: em março do corrente ano, o deputado solicitou licença do mandato e se transferiu para os Estados Unidos, alegando estar sofrendo perseguições políticas. Essa licença, no entanto, findou no último domingo, 20, e, apesar das pressões, Eduardo reafirmou sua intenção de não renunciar ao cargo.
O regimento interno da Câmara dos Deputados prevê que a ausência prolongada de um deputado, sem a devida justificativa, pode levar à cassação do mandato. A situação de Eduardo é ainda mais complicada devido às investigações em curso no STF, que o acusam de incitar o governo dos Estados Unidos a tomar medidas contra o Brasil e suas instituições, algo que tem como pano de fundo a investigação sobre a tentativa de golpe em que seu pai é um dos réus.
Recentemente, na sexta-feira, 18, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que culminou na determinação do uso de tornozeleira eletrônica e restrições de locomoção, aumentando ainda mais as pressões sobre a família Bolsonaro. Essas ações foram justificadas pela Procuradoria-Geral da República, que apontou risco de fuga do ex-presidente, que está previsto para ser julgado em setembro pelo Supremo.
Durante sua aparição em um podcast, Eduardo Bolsonaro comentou sobre o bloqueio de suas contas e demonstrou confiança na situação, afirmando que nada de valor deve ser encontrado. Contudo, o cenário político e legal em que ele se encontra é incerto, refletindo a complexidade e as tensões que permeiam o atual momento político brasileiro. O desdobramento dessas ações ainda promete repercussões significativas para a carreira do deputado e para a imagem da família Bolsonaro.
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