Além do encontro com Tarcísio, Moraes também liberou a visita do deputado federal Rodrigo Valadares, relator do projeto de lei que pretende anistiar os envolvidos nos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Essa visita está marcada para o dia 22 de setembro e reflete a complexidade e as nuances políticas que envolvem as figuras ligadas a Jair Bolsonaro no cenário atual.
Vale ressaltar que, em 4 de agosto, o ministro Moraes estabeleceu a prisão domiciliar do ex-presidente, a qual vem acompanhada de um monitoramento eletrônico por meio de uma tornozeleira. Essa medida foi adotada após uma percepção de que Bolsonaro teria burlado a proibição de utilizar redes sociais, utilizando as contas de seus filhos para se comunicar e disseminar informações.
O inquérito que levou a essa prisão está ligado a uma investigação em que Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro são apontados como participantes de uma tentativa de retaliação ao governo brasileiro, em colaboração com a administração anterior dos Estados Unidos. As ações, que sugerem uma interferência política internacional, incluíram tentativas de revogar vistos e a aplicação da controversa Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras.
Adicionalmente, vale mencionar que, na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e mais sete réus em um processo relacionado à tentativa de desestabilização do Estado democrático de direito. As penas incluem os crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e danos qualificados, entre outros charges. A condenação é um reflexo crescente das tensões políticas e a fragilidade do cenário democrático no país, ressaltando a importância da vigilância sobre as ações de figuras públicas e suas implicações legais.