As visitas ao ex-presidente estão com restrições severas, permitindo apenas a presença de familiares e aliados, que devem obter autorização prévia do STF. Essa medida foi motivada por uma suspeita de que Bolsonaro teria burlado as proibições de comunicação imposta durante o processo judicial, utilizando as redes sociais de seus filhos para se comunicar com o exterior.
Ao autorizar a visita de Valadares, o ministro Moraes também permitiu a presença de outros aliados de Bolsonaro, incluindo figuras proeminentes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, além de deputados e senadores do partido. O ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e amigos da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, para reuniões de um grupo de oração, tiveram suas visitas liberadas.
Essas restrições e a pena de prisão domiciliar são frutos das investigações que envolvem Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ambos são investigados por supostas articulações com representantes do governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A atuação deles teria como objetivo promover ações de retaliação contra o governo brasileiro e seus ministros, incluindo tentativas de revogar vistos e aplicar sanções conhecidas como Lei Magnitsky.
Recentemente, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente e outros réus em um processo relacionado aos eventos de 8 de janeiro, onde foram considerados culpados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio público. Esta decisão, que ocorreu por maioria de votos, ressalta a gravidade das ações atribuídas a Bolsonaro e seu círculo próximo. A situação continua a se desdobrar à medida que o ex-presidente enfrenta consequências jurídicas complicadas e sua influência política é reavaliada.