Essa nova medida vem após episódios que levaram Moraes a impor diversas restrições ao senador, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a imposição de recolhimento noturno entre as 19h e 6h, além de restrições durante fins de semana e feriados. A situação se intensificou após Do Val realizar uma viagem para os Estados Unidos, ato considerado pelo ministro como uma violação à ordem de não deixar o país, em vigor devido a investigações em andamento. O senador defende que foi transparente sobre sua viagem e enfatiza que não houve qualquer risco de evasão.
Além das medidas anteriores, Moraes determinou a apreensão do passaporte diplomático de Do Val, o que restringe ainda mais a movimentação do parlamentar fora do território nacional. Em resposta a essas decisões, o senador expressou sua preocupação em nota, afirmando que as medidas impostas comprometem sua capacidade de exercer plenamente suas funções no Senado, onde é comum que as sessões se estendam além do horário permitido.
Importante mencionar que, até o momento, Marcos do Val não é réu ou condenado por qualquer crime. Sua defesa está atenta às ações judiciais relacionadas ao caso e planeja adotar as medidas legais apropriadas para assegurar que seus direitos constitucionais, especialmente como senador, sejam respeitados.
O senador enfrenta investigações do STF relacionadas a uma suposta campanha de ataques direcionados a delegados da Polícia Federal envolvidos em investigações sobre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, ele está sob suspeita de ter arquitetado um plano para contestar os resultados das eleições de 2022. Esses eventos refletem um contexto tenso e complexo na política brasileira, em que questões legais e funcionais se entrelaçam, suscitando debates acerca dos direitos e limitações que um parlamentar pode enfrentar em situações semelhantes.