A saída do ex-presidente não ocorrerá de imediato; a defesa dele deverá comunicar a data exata em que a cirurgia está agendada. O laudo médico que fundamentou a autorização indica que Bolsonaro apresenta uma hérnia inguinal bilateral e que o procedimento cirúrgico é necessário “o mais rápido possível”. A avaliação de saúde foi realizada recentemente no Instituto Nacional de Criminalística e reforçou a urgência do tratamento.
Embora tenha permitido a cirurgia, Moraes negou um pedido adicional da defesa de Bolsonaro para que ele fosse colocado em prisão domiciliar devido à sua condição de saúde. O ministro argumentou que o ex-presidente pode receber atendimento médico particular sem que haja necessidade de uma autorização judicial prévia. De acordo com Moraes, a Superintendência da Polícia Federal, onde Bolsonaro está detido, está situada em uma área que proporciona acesso rápido ao hospital, até mesmo mais próximo do que a residência do ex-presidente. Assim, Moraes considerou que não haveria riscos significativos em caso de necessidade de um deslocamento emergencial.
A decisão de Moraes ilustra a complexidade da situação envolvendo Bolsonaro, que continua a enfrentar múltiplos desafios legais enquanto lida com questões de saúde. A questão não se limita apenas à sua condição física, mas também aos desdobramentos políticos e jurídicos de sua detenção e condenação. Com o quadro atual, o ex-presidente permanece sob vigilância policial, o que também levanta discussões sobre segurança, saúde e a aplicação da lei em casos de figuras públicas.







