JUSTIÇA – Moraes autoriza Daniel Silveira a progredir para regime aberto após quatro anos de prisão, com condições específicas a serem seguidas.

Na última segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão significativa ao autorizar a progressão para o regime aberto de prisão do ex-deputado Daniel Silveira. Essa decisão marca um novo capítulo na trajetória jurídica de Silveira, que se encontra atrás das grades desde sua condenação em 2023, quando foi sentenciado a oito anos e nove meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de ameaçar o livre exercício dos poderes e coação durante um processo judicial.

O ministro Moraes fundamentou sua decisão ao reconhecer que Silveira já cumpriu um total de quatro anos e um mês de detenção, o que o habilita a pleitear a progressão de regime. A medida foi solicitada pela defesa do ex-parlamentar, que argumentou sobre o tempo já cumprido e a possibilidade de reintegração dos direitos civis do cliente. Durante o período em que esteve preso, Silveira tornou-se um personagem polêmico no cenário político brasileiro, devido às ofensas e ameaças que proferiu contra os membros da Corte, ações que o levaram a ser alvo de uma condenação severa.

Com a concessão da progressão de regime, Moraes impôs uma série de condições que o ex-deputado deverá seguir rigorosamente. Dentre essas condições, destaca-se a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento noturno nos dias de semana e integralmente durante os finais de semana, além da proibição de utilizar redes sociais e de deixar a comarca. Tais medidas visam garantir que Silveira cumpra sua pena de forma controlada e sob supervisão, evitando qualquer comportamento que possa desestabilizar a ordem pública ou desafiar as autoridades.

Vale ressaltar que o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi favorável à progressão, uma vez que considerou que o ex-parlamentar havia cumprido os requisitos necessários para tal benefício. A decisão de Moraes pode gerar debates na esfera pública e política, refletindo a importância do sistema judiciário em lidar com casos que envolvem políticos e sua relação com a justiça em um contexto cada vez mais polarizado no Brasil.

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